As Grifes de Hip-Hop

As marcas sempre fizeram parte do figurino dos rappers, b.boys, DJ’s e MC’s e isto tem um significado que vai além do que podemos imaginar, não é simplesmente usar para mostrar que pode ter mas há um significado muito mais profundo em torno de tudo isso.
Muitos rappers dos anos 80 e 90 ostentavam roupas incríveis de marcas como: Gucci, Adidas, Yves Saint Lourent, Luis Vuitton, Versace, Ralph Laurent, Polo dentre outras… mas o que poucos sabem é que na maioria das vezes estas roupas eram clones de marcas originais, roupas pirateadas.

dapperllHavia um estilista em Nova Iorque que trabalhava para criar estas roupas, o Sr. Dapper Dan (ao lado com LL Cool J.).
Dapper Dan era o estilista dos rappers como LL Cool Jay, Rakim e vários outros grupos de rap. Dan personalizava as roupas e as “carimbava” com etiquetas de grandes grifes e o valores cobrados por este trabalho raramente ultrapassavam a casa dos mil dólares.

E nós aqui pensando que os caras estavam “montados” do dinheiro, só que não!
Muitos deles mal ganhavam para morar e todo aquele luxo era apenas rótulo, era só pra chamar a atenção.

Com o crescimento da cultura Hip-Hop as coisas começaram a mudar até que alguém resolveu apostar neste nicho “fresh” (estiloso) e ganhou muito dinheiro.
O documentário “Fresh Dressed”, disponível no NetFlix, mergulhou fundo neste tema desde os primeiros rappers do anos de 1980 até os dias de hoje.
Não importa se você não gosta do tema “moda”, este documentário irá expandir a sua visão em relação a este assunto portanto, antes de julgar alguém por estar usando uma roupa cara, tenha em mente que por trás desta atitude, há outros fatores que precisam ser levados em consideração.

Fresh Dressed
Direção: Sasha Jenkins
Onde ver: Netflix
Ano: 2015
Duração: 1h22min
Legendas em Português.

Rubble Kings, Os Reis do Bronx

Os anos de 1960 foram difíceis não só no Brasil mas também na terra do Tio Sam. A luta pela paz, igualdade social e racial nunca foram tão intensas e nesta época muitos líderes foram revelados, dentre eles Martin Luther King Jr. e Malcon X.
A luta pela paz trouxe sérias consequências não somente para estes líderes mas para toda uma geração de jovens que, sem nenhuma estrutura sócio-econômica eram obrigados a conviver com o problema. Revoltados com o sistema e sem nenhuma perspectiva de dias melhores, criaram as gangues, a primeira delas em 1963: Ghetto Brothers.
O Bronx que era um lugar promissor e cheio de pessoas vindas de várias partes do mundo foi praticamente sabotado por uma obra civil que forçou a migração destas pessoas para outros bairros, assim como empresas que geravam empregos para muitos moradores. Restaram no Bronx apenas os mais pobres, gente que não tinha recursos para uma vida melhor e o jovens, bem… para eles só restaram as gangues, centenas delas surgiram e partir de aí foram 9 anos de terror e muito sangue derramado até o surgimento do Hip-Hop no início dos anos de 1970.

Com depoimentos de Afrika Bambaataa, DJ Red Alert, DJ Kool Herc e ex-membros destas gangues, o documentário mostra como tudo começou e os motivos pelos quais o Hip-Hop surgiu.
A série “The Get Down”, produzida pela NetFlix, conta a história a partir do nascimento do Hip-Hop mas o que vem antes disso você verá neste documentário.

Direção: Shan Nicholson
Onde ver: Netflix
Ano: 2015
Duração: 1h7min
Legendas em Português.



Indicação Clube Vip#58 – Ini Kamoze feat. Guru – Who Goes There

Ini Kamoze surgiu como cantor de reggae e dancehall nos anos 80, mas foi em 1995 que seu nome chegou no topo das paradas musicais norte americana ao lançar a música Here Comes the Hotstepper.

Porém, no mesmo ano, Ini Kamoze fez um sucesso tremendo aqui no Brasil, principalmente nos bailes blacks paulistanos com a música Who Goes There, faixa do álbum Lyrical Gangsta e que teve a participação do falecido rapper Guru nos vocais enquanto Ini Kamoze cantava o refrão Who Goes There.

Na hora desse refrão era entoado pela galera dos bailes a seguinte frase: SOU NEGRÃO! muito da hora mesmo, trazendo muitas recordações dos bailes da década de 90.

Ouça a Indicação Clube Vip com Who Goes There de Ini Kamoze e participação do rapper Guru.
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Rich Homie Quan “Flex (Ooh, Ooh Ooh)”

O som desta semana já está agitando as principais pistas de black music moderno do país, a faixa “Flex (ooh, ooh, ooh)” do rapper norte-americano Rich Homie Quan. A faixa faz parte da seu segundo mixtape nomeado “If You Ever Think I Will Stop Goin’ In Ask Double R (2015)” e que foi lançada em fevereiro de 2015, produzido por Nitti Beatz, DJ Spinz e mixada Ray Seay e Justin Childs. – “Flex (ooh, ooh, ooh)” é um som premiado com mais de 500 mil cópias vendidas (Gold), segundo a RIAA (Recording Industry Association of America). Seus números em redes sociais também impressionam, são mais de 70 milhões de visualizações no Youtube e tocada por mais de 60 milhões de vezes só no Spotify. – Rich Homie Quan é um nome que vem crescendo na cena e está cada vez mais presente em diversos vídeos clipes sempre em parceria com outros grupos de rappers emergentes.