MP3 Agora é Free!

Como assim? E já não era livre?
Na verdade não. Uma das principais empresas que trabalharam na criação do formato MP3 foi alemã Fraunhofer, (este nome não deve ser estranho para você, já falamos sobre ela no post -> “Qual Foi o Primeiro MP3 da História?”) e esta semana ela soltou uma nota informando que a última patente do produto expirou em abril/2017 ou seja, a partir de agora o formato MP3 está livre.

Os criadores do formato MP3 - (Esquerda para direita) Dr.-Ing. Bernhard Grill, Prof. Dr.-Ing. Karlheinz Brandenburg, Dipl. Harald Popp

Os criadores do formato MP3 – (Esquerda para direita) Dr.-Ing. Bernhard Grill, Prof. Dr.-Ing. Karlheinz Brandenburg, Dipl. Harald Popp

Para o usuário final, tudo é ôba-ôba mas para que uma empresa pudesse suportar o formato em seus aparelhos como CD’s Players, Rádios Automotivos e até mesmo celulares, era obrigatório o pagamento e os valores eram absurdos! Só para se ter uma ideia do tamanho do problema, em 2007 a Microsoft quase pagou mais de 1 bilhão de dólares pelo uso indevido do formato.

Quem é usuário Linux já deve ter passado pela chateação de não conseguir ouvir MP3 no sistema sem que tivesse que procurar por algum recurso extra e até mesmo para usuários Windows, alguns programas exigem que você adquira um decodificador externo para tal tarefa. Mas tudo isto mudou este mês e se você pensa que a Fraunhofer está tristinha com isso, esqueça… eles já ganharam muito dinheiro com o invento e já tem consciência de que o formato já foi superado há anos por outros melhores como o AAC e até mesmo o Ogg. O MP3 hoje é apenas o mais popular.

O Que Muda?

Ainda há softwares que exigem que você instale um plugin à parte, talvez este problema desapareça com o tempo e mais aparelhos poderão suportar o formato sem maiores problemas mas a guerra dos formatos irá continuar, resta você escolher o que soa melhor aos seus ouvidos e qual deles poderá ser executado no maior numero possível de dispositivos.
Para você, praticamente nada irá mudar.

Referências :https://tecnoblog.net/214020/fim-patentes-mp3/, http://www.deutscher-zukunftspreis.de/de/nominierte/2000/team-1, https://512pixels.net/2017/05/the-mp3-isnt-dead/, https://flipboard.com/@popularmechanics/-the-mp3-is-now-free/f-8d1bc017ee%2Fpopularmechanics.com

UltraGeek Entrevista Arthur Fitzgibbon, Produtor Executivo da OneRPM

Ele cresceu no ABC de São Paulo e hoje está à frente da OneRPM Brasil, uma das maiores distribuidoras de músicas digitais da atualidade.

A paixão pelo rádio e pela música levou Arthur Fitzgibbon a trabalhar na Polygram no ano de 1998 (muitas informações interessantes nesta parte da entrevista). Mas com o surgimento do MP3 as coisas começaram a mudar na indústria fonográfica, muitas tentativas de se manter o controle sobre as músicas foram frustradas e novos negócios começaram a surgir.

Neste bate-papo, você ouvirá histórias super interessantes sobre todo o processo de transformação da indústria fonográfica, desde o surgimento do CD, MP3 até os serviços de streaming como Rdio, Deezer, Spotify e o próprio OneRPM.

Sou um grande ouvinte de podCasts, ouço vários deles e sempre que surge algo sobre música, dou jeito de compartilhar com você, espero que goste! Vale muito a pena ouvir.

Parabéns Ultrageek!!
Um dos melhores podcasts da “Podosfera” brasileira.

Ouça Agora

https://www.cbmn.com.br/wp-content/uploads/2017/02/Ultrageek-275-Industria_da_musica.mp3?_=1

Se você ainda não conhece o Ultrageek, aproveite para conhecê-lo agora:
http://www.redegeek.com.br/
Há dezenas de episódios bacanas.
Baixe para o celular, ouça no carro, no pc, no tablet… É informação pra dar com pau!

O Que Havia Antes do MP3?

Pergunta fácil de ser respondida, não? Você com certeza já deve ter a resposta e se você respondeu que foi o disco de vinil apenas ou a fita k7, saiba que você está equivocado. Antes de surgirem os arquivos MP3 havia um formato pouco conhecido, pelo menos aqui no Brasil, eram os arquivos “.MOD” Arquivos .MOD foram concebidos para computadores Amiga PC da empresa norte-americana Commodore International. Os computadores Amiga já impressionavam o público com recursos gráficos, de áudio e outras tarefas interessante mas perdeu a disputa de mercado para a Apple e IBM. Temos aí então uma outra questão: Antes da Apple não havia nenhuma outra empresa oferecendo computadores com recursos de áudio e gráficos? A resposta é SIM! Antes do Apple II surgir já havia o Altair 8800 e logo após o Apple II, o Commodore 64. O nome “Amiga” foi escolhido justamente por vir antes de “Apple” e vem do Espanhol “amigo”, mas voltemos aos MODs… Quando os primeiros computadores pessoais começaram a surgir no Brasil no início dos anos 90, eis que começaram a “pipocar” alguns softwares para música como “Visual Player”, “Screen Tracker”, “Amiga Pro Tracker”, dentre outros e estes programas tocavam músicas incríveis! A primeira música que ouvi foi o tema do filme “Um Tira de Pesada” na casa de um amigo nerd e nome do arquivo era “axelfoll.mod” (Axell Folley era o nome do personagem de Eddie Murphy no filme), confira no vídeo abaixo:
Quando vi isso pela primeira vez, meus olhos brilharam, o meu queixo caiu e a minha cabeça ficou a mil!! Como fizeram isso? Até então eu só conhecia discos!! Com o software de edição você era capaz de “abrir” estas músicas e crias novas músicas, algo que qualquer software de música faz hoje mas naquela época isso era praticamente coisa de ficção científica. As notas musicais eram inseridas em formato hexadecimal, então se desejássemos alterar alguma nota bastava alterar este código manualmente. Éramos capazes de criar nossas próprias músicas e distribuir para os amigos como fazemos hoje mas como não havia internet, a transferência dos arquivos era feita pelo protocolo “DPC/DPL” (Disquete Pra cá / Disquete Pra lá) ou via BBS – Bulletin Board System (o avô da internet brasileira), algo que poucos tinham acesso, necessitava de linha telefônica (que também era pra poucos) e era pago pois necessitava de um provedor, dizem que a empresa Mandic começou assim, prestando serviços de acesso para BBS. Por volta de 1994 a turminha nerd da escola já possuía “poderosos” computadores PC/XT e PC/AT286 e o “tráfico” de arquivos .MOD começou a crescer. A qualidade das músicas até que era muito boa por ser “músicas de computador” feitas em apenas 4 canais de áudio e instrumentos sintetizados. Era o que tínhamos para aquele momento. Havia músicas para todos os gostos: Jazz, Funk, Rap, Pop, Rock… mas nada de música brasileira, se houve não tive contato com nenhuma. O formato .MOD começou a ficar tão popular que já era possível comprar CD’s com centenas destes arquivos, todas baixadas da BBS. Estava virando uma febre! A “modmania” durou até o final dos anos 90 de forma muito silenciosa, apenas quem curtia computadores sabia da existência deste formato de música digital e acredito que só não durou mais tempo no Brasil devido ao surgimento da internet em 1995 e o Napster em 1999/2000. O formato ainda existe e novos players foram criados, dentre eles o OPenMPT que roda em Windows 7 mas ao que parece é algo bem voltado para saudosistas. É bacana mas não se compara ao MP3 nem de longe. No vídeo abaixo, uma pequena demonstração: Para baixar MODs: http://www.modarchive.org/index.php Software para Windows: https://openmpt.org/ Referências: http://www.cultofmac.com/113454/before-apple-after-how-apple-has-led-the-tech-industry-every-step-of-the-way-gallery http://en.wikipedia.org/wiki/Lorraine_(given_name) http://en.wikipedia.org/wiki/Amiga” title=”http://en.wikipedia.org/wiki/Amiga|

5 Editores de Áudio Online

Editores de Audio Online

É caminho sem volta, os aplicativos na nuvem chegaram e aos poucos estão ganhando espaço diante dos gigantes “offline” como SoundForge, CoolEdit, Audacity, etc. É claro que estes editores de áudio online ainda não oferecem todos os recursos que um editor offline oferece mas para quem precisa de fazer algo simples e de forma rápida, não há nada melhor.
Digamos que em um momento de urgência você queira aplicar um fade-in/fade-out em uma música, cortar aquela longa introdução, remover aquele trecho que você não gosta, criar um toque (ring-tone) para o seu aparelho de celular ou qualquer outra coisa que exija um software de edição sem a necessidade de instala-lo em seu sistema, os editores de áudio online poderão ajudá-lo nesta tarefa. Certamente ainda não substituem totalmente os editores tradicionais mas com certeza estão a caminho disso.

Selecionamos 5 editores de áudio online fáceis de usar e de forma gratuita.

HYA-WAVE


Com um visual minimalista e repleto de recursos, o Hya-Wave permite o download em mp3 do seu trabalho e ainda lhe dá a opção para compartilhar com os amigos.
https://wav.hya.io/#/fx

AudioCutter


O nome já diz tudo!
Com ele fica muito fácil editar um áudio e efetuar pequenos cortes.
Uma mão na roda para trabalhos pequenos e urgentes.
Neste mesmo projeto há ainda outros recursos como: AudioJoiner, VideoCutter, Voice Recorder, Video Recorder, Archive Extractor e AudioConverter, todos com propósitos diferentes.
Quase um canivete suiço para produtores de conteúdo de audio e vídeo.
http://mp3cut.net/

SoundStation


Um editor Multitrack perfeito para o Chrome.
Além de todos os recursos de edição, o recurso de trilhas múltiplas permite a você misturar músicas e, dependendo de sua criatividade, até criar montagens e sets mixados.
Há também um banco de efeitos disponível para uso em suas criações.
https://soundation.com/

Beatiful Audio Editor


Uma extensão do Chrome para te facilitar a vida.
Possui praticamente todos os recursos necessários para uma boa edição.
Salva os arquivos como WAV ou MP3
https://beautifulaudioeditor.appspot.com/app?google-drive-action=create
https://chrome.google.com/webstore/detail/beautiful-audio-editor/okiblndpcefmebnkjnjfplijnelbcjmm?hl=en

TwistedWave

Outra opção para arquivos pequenos.
Arquivos com mais de 5 minutos de áudio são truncados e convertidos em mono.
Recomendado para edição de arquivos de voz apenas, para músicas, utilize as recomendações acima.
https://twistedwave.com/online/

Os aplicativos na nuvem definitivamente combatem a pirataria, o preço é infinitamente mais acessível que qualquer outro software que requer instalação e prova que não vale a pena colocar o seu computador em risco com softwares piratas, que exigem que você faça uso de cracks e que na maioria das vezes possuem vírus que danificam seu computador.
Costumo dizer que em um futuro não muito distante, nem mesmo o próprio sistema operacional (Windows, por exemplo) será “instalável”. Uma vez que o seu computador esteja conectado à internet, tudo será carregado sob demanda e você pagará apenas pelos recursos que irá usar.
Um dia… quem sabe?