Assista Agora: DJ Hum e O Expresso do Groove | Programa Instrumental Sesc Brasil

Pra celebrar os seus 30 anos de carreira, o nosso amigo DJ Hum lançou um álbum e montou uma banda pra tocar os beats do seu novo disco e sucessos da sua carreira. Tudo com um bom arranjo no mais puro jazz funk! Aperte o PLAY e embarque nessa viagem musical que rolou lá no @sesctv Instrumental Brasil. Vem comigo! É o Dj Hum e o Expresso do Groove!

Dançarino Marcelinho Backspin Lança Álbum de Funk Music

Com 28 anos de estrada, o dançarino Marcelinho Back Spin lança o seu primeiro álbum pelo selo Humbatuque Records

Ele iniciou sua carreira como dançarino no início dos anos de 1980 e o gosto pela dança começou ainda muito cedo por volta dos 17 anos de idade quando era frequentador dos grandes bailes blacks promovidos pela equipe Chic-Show, mais especificamente nos bailes que ocorriam na Sociedade Esportiva Palmeiras.

Em 1984, Marcelinho foi para a estação São Bento do metrô, o berço do Hip-Hop no Brasil e lá ele conheceu o rapper Thaíde o qual lhe apresentou a ideia de unir suas turmas para criar o grupo de dança “Back Spin”, daí o seu nome artístico “Marcelinho Backspin”.

Marcelinho não é apenas um dançarino, ele é um dos fundadores do movimento Hip-Hop no Brasil e mais, ele é um dos poucos que sustentaram o estilo de dança “Break” até os dias de hoje.
Talvez se não fosse por ele e seus amigos daquela época, o “Break” estaria morto aqui no Brasil desde 1984 quando a “moda” passou.
Ele adotou estilo não apenas como uma dança mas também como profissão e um ideal de vida.

O amor ao Funk, o Soul e todas as vertentes da Black Music fizeram de um simples frequentador de bailes em um dos mais respeitados dançarinos do movimento Hip-Hop Brasileiro.

Mr. Boogie

Pela segunda vez Marcelinho aposta em algo que para muitos já está no passado mas a verdade é bem diferente, o Funk norte-americano (o verdadeiro) vem conquistando mais e mais adeptos a cada dia, um movimento de “resgate” supostamente surgido na Europa até atingir a sua terra natal: EUA.

Quando Bruno Mars explodiu no mundo inteiro com a faixa “Updown Funk”, vários outros artistas já vinham há alguns anos apostando todas as fichas em um estilo que na verdade nunca morreu, ele apenas saiu dos holofotes dando lugar a outros estilos mais “modernos” mas sempre esteve no coração de quem realmente gosta de música de qualidade.

O álbum “Mr. Boogie”, lançado oficialmente hoje (07), traz de volta o pesadíssimo Funk oitentista com batidas alucinantes, forte marcação de baterias e o até o talk-box, popularizado por Roger Troutman e a banda Zapp.

A inspiração de Marcelinho Back Spin fundida ao talento e experiência de DJ Hum, deu origem ao primeiro grande álbum brasileiro de Funk logo após esta grande reviravolta de um dos estilos musicais mais respeitados do mundo.

Para quem sentia saudades do bom e velho Funk Music, este álbum veio em boa hora.
Uma produção incrível e que chama atenção até mesmo dos pais o estilo.

Divirta-se!

Já a venda no iTunes: https://itunes.apple.com/cy/album/mr.-boogie/id1099866356 e também no Google Play

George Clinton – A Nitroglicerina do Funk

Quem gosta do verdadeiro funk, criado nos Estados Unidos, sem qualquer ligação com ritmo horroroso surgido no Rio de Janeiro, precisa ouvir George Clinton, principal líder da banda Parliafunkadelicment Thang, também conhecida como P-Funk All Stars. Na década de 1970, Partiament e Funkadelic realizaram os mais lindos shows de black music. Autênticas viagens, por causa dos ótimos arranjos proporcionados por Clinton.

Uma das sacadas era fazer um funk carregado de boas harmonias e impressionantes riffs de guitarras. Também aberto aos improvisos. No Youtube.com é possível assistir a apresentações de George Clinton e Parliament feitas na Alemanha em 1985. A marcação da bateria, metais e instrumentos de corda deixam a platéia enlouquecida, numa verdadeira aula de como é o verdadeiro funk, surgido na década de 1950 nos Estados Unidos.

A História de Clinton começou em 1955, quando ainda adolescente em Nova Jersey, Estados Unidos, fundou o grupo vocal chamado Parliament. Na década de 1960, chamou a atenção da Motown, a maior gravadora de black music naquela época.

Em 1967, o hit “I Wanna Testify” ficou entre as 20 primeiras colocadas nas paradas norte-americanas. Depois lançaram outro single “All Your Goodies Are Gone”.Por causa de briga na Justiça a respeito do nome Parliament, Clinton adotou outro nome Funkadelic, a partir de 1968. Passou a compor músicas mais engajadas.

A mudança refletiu até nas capas dos discos, com grande pitada do psicodelismo tão latente no final da década de 1960.

Criou polêmica ao fazer uma capa onde aparecia vestido de smoking dentro de um caixão e seus músicas ao redor de fraldas.

Nos dedos de Clinton estava um cigarro de maconha. O hit deste disco era “Chocolate City”. A proposta dele era mostrar o desprezo da Igreja pelos problemas das pessoas residentes na periferia.

Ele introduziu o baixo sintetizado nesse estilo musical

album-parliamentEm 1974, pelo selo Casablanca, Clinton grava o álbum “Up For The Down Stroke”, que ficou entre as 10 mais nas paradas de R&B (Blues de rua). Nessa época engrossou sua banda com vários músicas talentosos: o baixista Bootsy Collins (ex-James Brown), o guitarrista Eddie Hazel e Gary Shider, os bateristas Bernie Worrel e Junie Morrison (ex-Ohio Players).

Essas mudanças influenciaram na assinatura de um contrato com a Warner Bross. É dessa época o hit “Tear The Roof off the Sucker”. A composição ficou entre as cinco primeiras colocadas nas paradas de R&B

A ascensão de George Clinton resultou num grande concerto com a banda Earth, Wind & Fire. Durante a apresentação, uma enorme nave “descia” no palco e dela saiam os músicos da Eart, Wind & Fire. De 1976 a 1981, gravou diversos hits e se manteve nas paradas. O  destaque ficou por conta de “Flash Light” quando introduziu o baixo sintetizado, mais tarde imitado por diversas bandas de funk.

Em 1979, George Clinton produziu o disco “Funkadelic – Uncle Jam Wants You”, com seis faixas.

A música “(Not Just) Knee Deep”, com quase 20 minutos de duração, explode nas paradas e bailes de todo o mundo. É considerado, por muitos, o funk mais long da história. A capa é repleta de mensagens subliminares.

A boina homenageia o movimento Black Panther, que explodiu nos Estados Unidos no final da década de 1960, sua mão direita erguida remete à frebre hippie, que nessa época estourou em todo o mundo, na mão esquerda uma alegoria lembra a coronha de uma rifle, lembrando das forças das armas na tomada do poder.

A década de 1980 é marcada por vários processos judiciais de músicos da banda de George Clinton. Alguns lançam novas bandas, usando o nome Funkadelic. Após lutar, ele consegue reverter o prejuízo. Lança discos “Hydraulic Pump – Part 1”, depois “Computer Games” e single “Atomic Dog”, que alcançou o primeiro lugar nas paradas de R&B em 1983. A partir daí investe em Rap e Hip-Hop. Dois anos depois, ele produz o segundo disco de Red Hot Chili Peppers. No final dos anos 80, Clinton reagrupou novos músicos na sua banda P-Funk All Stars. Nesses concertos inclui o rapper Ice Cube e o pessoal do Chili Peppers.

Em 1996 sai a coletânea Greatest Funkin’Hits, com moderna remixação. Clinton continua em atividade e criando polêmica no mercado da música.

Em 2016, George Clinton em parceria com Kendrick Lammar e Ice Cube, lança o clipe “Ain’t That Funkin’ Kinda Hard on You? (Remix)”, confira:

Fonte: Folha Metropolitana – matéria de Luís Alberto Caju

O Verdadeiro Funk Está de Volta!

Na verdade o Funk nunca se foi, ele apenas saiu dos holofotes dos grandes meios de divulgação em massa fazendo com que muitos pensassem que ele havia desaparecido.
DJ’s e apaixonados pelo estilo nunca tiveram à sua disposição tantos lançamentos não só de álbuns Funk mas como Soul Clássico e o moderno Soul dos anos 80.
Mas algo diferente parece estar acontecendo, grandes artistas norte-americanos estão se voltando para o estilo com o intuito de resgatar a musicalidade dos anos 70 e 80 e o resultado tem sido surpreendente.
Só pra você ter uma ideia, a dupla Daft Punk juntamente com Nile Rodgers (ex-banda Chic), Stevie Wonder e Pharrel Williams faturam o Grammy 2014 na categoria “Best Pop Duo/Group Performance” com a faixa “Get Lucky”.

A faixa “Happy” de Pharrel Williams simplesmente explodiu no mundo inteiro e Mark Ronson e a faixa “Uptown Funk” (com participação e Bruno Mars) vem sendo citada a todo momento em blogs especializados espalhados pelo globo quando o assunto é Funk Music. Todas as músicas citadas tem a musicalidade dos anos 70/80.
Coincidência?
Parece que os caras já perceberam que o resgate do estilo tem sido uma boa estratégia pra fugir da mesmice e da chatice já enraizada nas produções atuais onde a música orgânica ficou de lado, dando espaço para softwares de computador, Beat Makers meia-boca e o “Photoshop” para vozes muitas vezes desprovidas de talento: o Auto-Tune. Não que seja errado fazer uso de tecnologia, pelo contrário, é necessário e sempre foi assim, o problema é que agora as coisas parecem estar andando no modo “automático”, o processo criativo parece que se perdeu e o talento é o que menos conta para que uma música seja sucesso.

Mas para artistas de verdade que possuem talento,vitórias e derrotas acumuladas ao longo da vida, simplesmente botar no automático não é o suficiente, é necessário mostrar algo mais, mostrar que sabe cantar, mostrar que saber tocar e que realmente sabe o verdadeiro significado do termo “Produção Musical”.
É o caso de Mayer Hawthorne e Jake One, dois grandes artistas que se uniram para formar a dupla “Tuxedo” a qual acaba de lançar um álbum simplesmente fenomenal, o “Number One”.
O projeto é o resultado de desejos pessoais de ambos, algo que foi pensado e discutido durante muito tempo e que surgiu à partir de mixtapes divulgadas na internet desde o ano de 2006.

Se você curte a bandas como Zapp, Chic, Shalamar, Cameo e tantas outras bandas antigas de Funk, irá se surpreender com a qualidade sonora deste trabalho, a impressão que temos é de estar ouvindo uma música antiga em alta qualidade, algo remasterizado… mas não, o som é novinho em folha!
Para dos DJ’s, uma boa notícia: existe também a versão em vinil deste álbum e você pode encontrá-lo aqui.

Confira algumas faixas do álbum “Number One” da dupla Tuxedo, lançado este mês:

So Good

Number One

Do It

E aí? O que você achou?
É ou não é um trabalho digno de respeito?
Procure também conhecer o trabalho de Mayer Hawthorne no Youtube, o cara é genial e tem fortes influências da Soul Music e Disco/Funk, vale a pena conhecê-lo melhor.
Este post é fruto de altos bate-papos e trocas de informações no Facebook, sim, isto é possível lá.
Nosso amigo Denner Miranda foi quem nos mostrou estes sons e achamos tão bacana que resolvemos compartilhar com vocês.
Há muitas outros lançamentos e com certeza voltaremos a falar sobre isso.
E que venham mais álbuns de Funk Music Original.
Como diz KL Jay: “Estamos vivos!” e merecemos ouvir músicas de qualidade.
Valeu, Denner!