Indicação Clube Vip #30 – Rick James – Ebony Eyes

A Indicação Clube Vip de número trinta traz a romântica Ebony Eyes do cantor, produtor e compositor Rick James lançada em versão single e posteriormente no álbum Cold Blooded no ano de 1983.

cold-bludded

Essa música eu dancei muito nos bailes de garagem e nos bailes blacks que eu costumava frequentar na minha juventude. Imagino eu que muitos frequentadores de nosso site também tenham boas lembraças desta época dos bailes de garagem.

Então aumente o som e ouça a Indicação Clube Vip com Rick James e a música Ebony Eyes…
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John Morales e a Arte das Remixes

Se você faz parte da turma dos anos 80 que curtiu as grandes casas noturnas de algum lugar do mundo, saiba que você curtiu inconscientemente o trabalho de John Morales.
Com 12 anos de idade no início dos anos de 1970 e assim como a maioria das crianças daquela época, John Morales era apaixonado por música, principalmente as mais dançantes.
Nascido no berço de uma família porto-riquenha, Morales cresceu no Bronx (NY) e acompanhou de perto a evolução do trabalho dos DJ’s daquela época.
Ainda adolescente, ele conseguiu um emprego de meio-período em uma loja de discos local com o salário de “45”. Não, não era 45 dólares mensais e sim discos 45RPM, este era o seu “salário”.

Com o tempo, Morales conseguiu emprego em tempo integral e a sua coleção de discos ficou simplesmente “gigante”. Ele passou a ser cofnvidado para pequenos eventos até ganhar reputação para os mais badalados. Pouco tempo depois ele já estava trabalhando em estúdios e como tocava na noite, percebeu que as faixas da época eram muito curtas (cerca de 3 minutos cada). Esta necessidade fez com que Morales passasse a editar as músicas mas não utilizando um software como SoundForge, CoolEdit Pró, Vegas ou seja lá o que for, isto não existia naquela época, a parada era no “braço” mesmo usando a tecla PAUSE do velho Tape Deck.

Após muitos dias de auto-estudo, ele comprou um Deck de rolo da Sony e passou a fazer edições muitos mais elaboradas até conquistar um lugar em um grande estúdio.
Os engenheiros da época ficaram espantados com tamanha destreza, genialidade e talento do garoto.

Seu primeiro grande remix foi Inner Life – I’m Caught Up (In a One Night Love Affair) de 1979.
Este foi o primeiro trabalho de tantos outros que estaria por vir.
John Morales continua até hoje com o seu magnífico trabalho e recentemente remixou Marvin Gaye, Al Green, Rick James, Teena Marie e Teddy Pendergrass.

Umas das mais belas remixes é “I Want You” de Marvin Gaye

I Want You – Marvin Gaye Remix

Além desta versão, ainda há esta e esta aqui

Ouça também:

Rick James – You And Y

https://soundcloud.com/john-morales/rick-james-you-and-i-record

E tem ainda

Al Green – Let’s Stay Togheter

Al Green – Lets Stay Together John Morales M+M Mix 2017 by John Morales

E pra fechar o post, apenas uma mensagem:
MP3 são bacanas!
São leves, não soltam cheiro, não deformam e muito menos soltam as tiras…(LOl) mas o vinil ainda é a única mídia que aguça a sua curiosidade, que lhe dá informações, uma capa maravilhosa além de ser um belo registro histórico.
Colecione você também.

Nossos agradecimentos a Rodrigo Ribeiro pela sugestão.
Valeu, Rodrigo!

10 Melhores Álbuns de Funk






Listas são sempre muito polêmicas pois é impossível elencarmos apenas 10 “melhores” títulos de qualquer coisa.
É algo muito subjetivo apoiado apenas em percepções e preferências pessoais de quem as cria.
O título ideal para o post seria “10 álbuns de Funk” mas aí não teria muita graça, o ideal é montarmos um “top 10” para que a ideia se fixe melhor na cabeça de quem lê.
Os 10 álbuns abaixo foram selecionados pela musicalidade diferenciada e o que representa para o estilo. Muitos ficaram de fora mas não é motivo para que fiquem chateados conosco, são apenas 10 álbuns de grande importância e nada mais.

Vamos lá?

The Clones Of Dr. Funkenstein – Parliament.
O Funk norte americano (o verdadeiro) é bem diferente do popularesco que rola aqui no Brasil, ele é repleto de variações tanto em suas letras quanto na em sua levada. Fala de amor, as vezes anti-sistema e muitas vezes malicioso. São diversos estilos usando diferentes instrumentos musicais. Neste álbum da banda Parliament lançado em 1976, a “viagem” é outra, só ouvindo para entender. O time que compõe este álbum é digno de muito respeito, confira abaixo:
Vocais: George Clinton, Calvin Simon, Haskins Fuzzy, Raymond Davis, Grady Thomas, Garry Shider, Glen Goins, Bootsy Collins.
Horns (instrumentos de sopro): Fred Wesley, Maceo Parker, Rick Gardner, Michael Brecker, Randy Brecker.
Baixo: Bass: Bootsy Collins, Cordell Mosson
Guitarras: Garry Shider, Michael Hampton, Glen Goins
Bateria e Percussão: Jerome Brailey, Bootsy Collins, Gary Cooper
Teclados e sintetizadores: Bernie Worrell.
Álbum obrigatório para qualquer funkeiro que se preze.

Soul Searching – Average White Band
Este é o 6o. álbum da banda. Lançado em 1976, ele reúne grandes clássicos como “Goin’ Home”, “I’m The One” e a romântica “A Love Of Your Own”. Puro Funk, Slow Jam, Jazz e R&B tudo em um único álbum.
O Funk da banda é norte americano mas a banda é escocesa, pode?
É claro que pode!

 

 

 

 

The Payback – James Brown
Falar de Funk Music e não falar de James Brown é como falar de música Pop e não citar Michael Jackson, seria um erro grave, não é mesmo?
Quando o “Padrinho do Soul” criou este álbum em 1973, o intuito era inseri-lo na trilha sonora do filme Blaxploitation “Hell Up in Harlem” mas infelizmente foi rejeitado pelos autores do filme por não ser Funk o suficiente, além de ser uma tremenda mesmice! Um grande erro…
Com o passar do tempo a justiça foi feita e este álbum chegou a ser top 40 da Billboard além de faturar o disco de ouro em 2004, ou seja, mais de 500 mil cópia vendidas. James Brown estava à frente de seu tempo.
Além do clássico “The Payback”, há ainda as poderosas “Mind Power” e “Stone To Bone”.
Não deixe de conferir também a faixa “Take Some – Leave Some” , preste atenção na forma como a música foi construída, nos arranjos e na levada, simplesmente fantástica!

Funkadelic – Uncle Jam Wants You
Sem dúvida um dos álbuns mais expressivos da história da Funk Music.
A faixa “Knee Deep” é o grande destaque deste álbum (grande mesmo!), são 15 minutos de pura viagem.
A foto do álbum é arte pura! Nos remete à clássica fotografia de Huey Newton, líder do Partido dos Panteras Negras. Se isso foi proposital ou não, não sabemos mas ficou bem legal!
Álbum necessário.
 

 
Sly And The Family Stone
Seria Rock com elementos de Funk ou Funk com elementos de Rock?
Ambos!
A banda formada em 1967 por Sly Stone e seus parentes e amigos tem um estilo diferente que mistura Rock, Funk e Soul. Neste álbum de 1970 estão inclusas as clássicas “Dance to the Music” e “Thank You”, regravada nos anos 90 por Berry White.
Há um história muito interessante em torno desta última faixa.
O “Soulman” brasileiro Tony Bizarro e seu parceiro Frankye lançaram em 1971 um álbum com a faixa “Vou Procurar Meu Lugar” a qual possui uma incrível semelhança com a música da banda Sly, (na verdade é um versão brasileira da música).
O mais curioso é que Tony Bizarro teria citado que não se trata de uma versão e que a sua música foi feita primeiro, mesmo sendo lançada no ano seguinte logo após a versão da banda Sly. Ficou confuso? Nós também ficamos! Existe um mistério em torno disso, talvez um dia possamos tirar isso a limpo, tudo depende da recuperação de nosso amigo Tony Bizarro que ainda se encontra hospitalizado. (Estamos torcendo por você, Tony!).

JB’s – Doing It To Death
O que dizer sobre este álbum? Talvez uma página inteira apenas para ele seria mais justo.
Todas as faixas são espetaculares!
A melhor fase da banda… um “Dream Team” de funkeiros.
OBRIGATÓRIO!

Funkadelic – One Nation Under a Groove
Who Says A Funk Band Can’t Play Rock? (Quem disse que uma banda de Funk não pode tocar Rock) – Este é o título de uma das faixas de álbum lançado em 1978 e tem tudo a ver com o álbum que, embora seja Funk Music, mostra claramente a versatilidade da banda.
O conceito não é novo para a Funkadelic mas neste trabalho tudo fica mais evidente, há solos de guitarra que lembram Jimmy Hendrix.
E para você que aprecia Rock And Roll de qualidade, ouça também a faixa “Maggot Brain” além da faixa título, que é um verdadeiro hino da Funk Music.
Álbum indispensável.
 
EARTH, WIND & FIRE – That’s the Way of the World – 1975
É difícil citar qual o melhor álbum desta que é uma das bandas de Funk Music mais respeitadas do planeta mas vamos arriscar um que você precisa ter em sua coleção:
Este álbum lançado em 1975. Nele, há grandes hits como “Shining Star”, a lindíssima “That’s The Way Of The World” e uma das mais famosas da banda: “Reasons”.
Não há muito o que dizer sobre EWF, como dica, tenha todos os álbuns que puder.

 

RICK JAMES – Street Songs
Logo após o fracasso do álbum “Garden Of Love” 1980 o cantor, tecladista, baixista, produtor, arranjador e compositor Rick James volta com tudo neste álbum de 1981.
O álbum foi um grande sucesso e inclui as clássicas “Give To Me Baby”, “Super Freak” (usada por MC Hammer) na música “U Can’t Touch This” e a lindíssma “Fire And Desire” onde faz dueto com Teena Marie. Ele lançou Teena Marie e a banda Mary Jane Girls.
Um álbum recheado de coisas boas.
Ah! Você já parou pra pensar o motivo do nome “Mary Jane Girls”?

Indispensável!

The Meters – Rejuvenation
Quando se fala em Funk Music, é comum citarmos James Brown, Parliament, Kool And Gang e tantas outras bandas mas onde muitos pecam é em não citar The Meters. Estes sim não poderiam jamais ficar de fora desta lista Top 10.
Bateria, Guitarra, piano e muito groove.
Faixas recomendadas para quem ainda não conhece: “People Say”, “Just Kissed My Baby” (que se inicia com um solo de guitarra e logo se casa com uma bateria alucinante) e ” Hey Pocky A-Way“.
Em 1995 o grupo Racionais MC’s usou a faixa “Cissy Strut” de um álbum de 1969 para criar a música “Juri Racional”.
Este é funk da pesada!

Com isso fechamos a nossa lista Top 10 álbuns de Funk.
Como citamos, muitos ficaram de fora e nada nos impede que façamos uma outra lista.
Nossos agradecimentos ao funkeiro Hassim Ahmad pela dicas.
Valeu!

Curtiu?

Então recomende a um “Funkeiro” (lol).